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Ciências Sociais e Humanas

O maior milagre da vida é a própria vida

Denis Kraiser

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O maior milagre da vida é a própria vida

No programa “Provocações” da TV Cultura, o ator e entrevistador Antônio Abujamra desconcertava seus convidados ao final de cada entrevista com a pergunta: “o que é a vida?”. Após a resposta inicial, ele insistia em provocar o entrevistado com o seu “o que é a vida?”.

Cada um tinha sua opinião de acordo com as próprias vivências e crenças ou simplesmente “travavam” e o programa era encerrado com um abraço.

Gonzaguinha em sua magistral canção “O que é o que é?” nos fornece pistas e resume as duas faces do que seria a vida: “há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo” representando os agnósticos e ateus ou “é o sopro do criador numa atitude repleta de amor” ao se referir à visão espiritual ou religiosa do tema.

Mas afinal, o que realmente é a vida? Como diz a música, depende para quem você perguntar. Os cientistas dirão que a vida é tudo aquilo possui uma membrana, pode se replicar a partir do DNA (a molécula da vida) e tem um metabolismo que absorve energia dispensando parte dela. Tecnicamente, assim são os organismos vivos desde uma bactéria até seres humanos.

Questione agora um rabino, padre, pastor, imã… e a resposta provavelmente terá relação com Ds e a bênção que nos deu por permitir que vivamos.

Quase tudo poderá ser explicado através dos livros sagrados de cada religião e a interpretação de seus estudiosos. Popularmente, o conceito para explicar a vida é conhecido como Criacionismo, uma vez que Ds criou tudo que existe.

Qualquer que seja sua crença, religião ou falta dela, o que a ciência desvendou sobre a vida até aqui vem do fato de ela se originar 100% de elementos não vivos que, combinados em condições ideais, fazem surgir a vida.

Afinal, tudo que vive é composto por átomos de Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Fósforo, Enxofre e uma pitadinha de outros elementos. Mas isso não resolve muita coisa, pois existe uma diferença enorme entre insetos, árvores e pessoas.

A teoria científica mais aceita de como a vida se desenvolveu vem do naturalista Inglês Charles Darwin em seu livro a “Origem das Espécies”.

Apesar de toda complexidade dos diferentes tipos de vida, a Evolução funciona de forma bastante objetiva e pode ser resumida em dois conceitos: sobrevivência por meio da seleção natural, onde os mais aptos sobrevivem, e a reprodução através da seleção sexual.

A primeira decorre dos desafios enfrentados pelos seres vivos em seus habitats e nichos biológicos. Como habitat são considerados fatores como luz do sol, vento, calor e tipo de solo enquanto o nicho engloba predadores e presas, parasitas ou germes além dos competidores da própria espécie.

A seleção sexual funciona de forma diferente pois os animais têm fortes interesses em agir como se fossem eficientes em determinados aspectos, mesmo que não sejam.

O pavão representa o exemplo típico ao abrir suas asas e impressionar a fêmea para assim conquistá-la. Ao se reproduzirem, metade dos genes herdados pelos filhos vem do pai e a outra metade da mãe.

Ou seja, diante de tudo que foi descoberto até o momento, a vida só existe no planeta Terra. Claro que apenas começamos a tatear o universo e talvez encontremos vida entre as bilhões de galáxias identificadas.

Mesmo sabendo que as estrelas formam os elementos da tabela periódica, eles não teriam nenhum motivo aparente para que “desejassem” formar a vida espontaneamente.

Mas a verdade é que formam e ninguém sabe exatamente como a vida teve origem no planeta Terra e se ela existe em outros planetas.

Foi assim que a união de elementos não vivos na medida certa e em condições ideais fez surgir o maior milagre de todos: a vida.

Até aqui a coisa mais improvável do universo e ao mesmo tempo tão abundante na Terra.

Denis Kraiser

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