A loucura é coisa da sua cabeça.

As mídias sociais foram decisivas nas eleições. Porém, poucos analisaram o fato de que sem contato visual na comunicação, perdemos os filtros e revelamos muito sobre nós mesmos.

Quem não leu um comentário ou assistiu a algum vídeo e pensou: “essa pessoa está completamente louca!”. Nem precisa atuar na área para perceber que “eles estão entre nós.”

O termo “loucura” aparentemente não é mais usado na psiquiatria e sim “Transtornos Mentais.” O “Guia dos Loucos” tem nome: DSM. 

Atualizem as agendas. Além dos santos e profissões, acrescente um transtorno mental por dia no calendário entre os cerca de 300. Que tal dia do ansioso, dia do depressivo…?

Brincadeiras à parte, a coisa é séria. O Brasil tornou-se campeão mundial em transtornos de ansiedade. São 18,5 milhões de pessoas (9,3%) com fobias, TOC, pânico e estresse pós traumático como violência e abuso sexual.

Ainda há 5,8% ou 11,5 milhões com depressão, uma sensação persistente de tristeza ou perda de interesse que afeta a qualidade de vida. Pior: muitos têm ambos.

Outros 8 milhões de brasileiros sofrem de transtorno bipolar e a vida segue numa montanha russa. Quando sobe, vive na mania. Nas descidas, entra em depressão.

As principais causas são drogas, violência, crise econômica, excesso de estímulos e genética. Mas se tantos precisam de ajuda, por que achamos que é “frescura”? Pura ignorância…

A Renata diz: “nos preocupamos com o coração, fígado… e o cérebro? Esse não, vão pensar que sou louco.”

Mas há cura: psiquiatra, psicólogo ou ambos. E claro, complemente com acupuntura, exercícios e meditação.

“Depressão é excesso de passado. Ansiedade excesso de futuro”, dizem.

Denis Kraiser