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Comunicação e Mídia

Moral da história: amamos histórias

Denis Kraiser

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As histórias têm a mesma importância que o oxigênio para o corpo humano: não conseguimos viver sem ambos. Nos acostumamos tanto a elas que mal percebemos sua onipresença.

Quando crianças, pedimos aos pais histórias para dormir, lemos gibis da Turma da Mônica e assistimos desenhos animados. Vivemos na fantasia do mundo da Lua.

À medida que “adultecemos”, vamos perdendo a capacidade de imaginar que um cabo de vassoura pode ser um cavalo ou o meio de transporte da bruxa malvada.

Já adultos, somos mais práticos e racionais, porém gostamos de outros tipos de histórias: consumimos cinema, notícias (histórias do cotidiano), teatro, livros e claro, religião. 

Esqueci do narrador esportivo contando a história do jogo. E das novelas, onde sempre há o vilão ou vilã da história.

Com exceção daqueles que produzem boas histórias como jornalistas, músicos, diretores de filmes, novelas e desenhos, poetas e produtores de arte em geral, esquecemos um pouco de usar o lado direito do cérebro e a fantasia que cativa as pessoas.

Mas por que gostamos tanto de histórias? Entre os motivos, certamente o fato de nos vermos nelas simbolicamente mexe com as emoções. As histórias ligam as pessoas assim como os mitos, que não deixam de ser histórias.

Prova disso vem de um dos enredos mais conhecidos: “a jornada do herói”, estudado profundamente pelo mitólogo Joseph Campbell em seus livros e na fascinante série “O poder do mito”.

Observe  o padrão na história dos principais líderes religiosos, Star Wars ou alguns desenhos da Disney: o herói abandona sua vida atual, vai em busca de algo maior e volta para passar seus ensinamentos.

Quando as histórias são bonitinhas, educam com sua moral: na ciência, a gravidade foi descoberta por causa da maçã que caiu na cabeça de Newton; na religião, a mesma maçã expulsou Adão e Eva do paraíso. E a cobra levou a culpa…

Mas há histórias do mal: filmes de terror, pesadelos, teorias conspiratórias e discursos de ódio nos assustam.

Sejam elas boas ou más, bem ou mal contadas, viveremos para sempre com as histórias. Tudo que dizemos são histórias: verdadeiras ou falsas.

Essa por exemplo é de verdade. Ou será apenas uma história?

Moral da história: quem não gosta de uma boa história?

Denis Kraiser

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